Visualizações de página

terça-feira, 19 de março de 2013

Capítulo - 179

-HÃ?! O QUE?!
-Clara, calma! Amor, fica quietinha D:
-Meu Deus. –Coloquei as mãos  na cabeça, meus pensamentos estavam num turbilhão.
-Porque cê ta tão apavorada? –Ele não estava entendendo.
-“Porque” Luan? É sério que você ta me perguntando isso?!
-Não te entendo Clara! Qualé o problema? Meu amor, a gente vai ter um bebezinho, nosso filho. –Ele sorriu e veio colocar a mão em minha barriga.
-Você acha que é tão simples assim?
-E não é?
-Não!
-Então explica o porque de não ser. –Luan ficou sério e cruzou os braços.
-Caramba, um filho é muita responsabilidade! Você ta num momento tão bom da sua carreira, um bebê agora só iria atrapalhar!
-Ei! Parou por aqui, ta legal?! Eu não quero nunca mais te ver falando isso!!
-Luan... Me deixa sozinha.
-O que? Porque?
-Me deixa sozinha! –Ele ficou me olhando. –Por favor. –Luan pegou o casaco de cima da poltrona e saiu. Comecei a pensar no que ele tinha me dito... Caramba, eu tava grávida. GRÁVIDA! Como pôde acontecer... Não era hora certa, a gente não tava preparado pra ter uma responsabilidade tão grande como essa. Comecei a chorar, não sabia o que fazer.

Luan
-Filho, o que foi?! –Corri a abraçar minha mãe.
-Contei pra ela mãe, contei!
-E o que ela disse?
-Que é muita responsabilidade, que só ia atrapalhar minha carreira. Eu achei que ela ia receber bem essa notícia, mais não! ;’(
-Filho, calma... Não é fácil alguém chegar na gente e dizer “você ta grávida”. Ela ta confusa, é normal. Eu até concordo nessa parte de muita responsabilidade, mais é uma coisa que agora cêis dois vão ter que arcar com tudo.
-Não mãe, cê não viu a reação dela! Foi demais... E se ela pensar em... Tirar o meu filho?
-Ela não vai fazer isso! Não conhece a namorada que tem?!
-Sei lá, não sei o que pensar. –Passei as mãos no rosto. –Mãe, vai lá falar com ela, por favor. –Implorei.
-Ta... Só vamo encontrar seu pai pra avisar ele. –Assenti e então saímos caminhando pelos corredores, o encontramos com a Bruna e a Valéria, depois fomos pro quarto da Clara, fiquei do lado de fora enquanto a mãe entrou.

Clara
Eu estava tentando pegar os lenços de papel da mesinha quando a Marizete bateu na porta, a abrindo um pouquinho.
-Posso entrar?
-Pode. –Eu estava mais calma.
-Como ta se sentindo?
-Acho que melhor.
-Precisa de alguma coisa? –Ela veio até mim.
-Só desses lenços que eu não alcanço ;x
-Pronto. –Ela me alcançou.
-Brigada =)
-Precisando de ajuda e não chama ninguém. Eita cabeça dura hein?
-Não era uma coisa muuuito urgente. –Ri.
-Sei... Clara, cê sabe que eu te considero como se fosse minha filha também, não é? –Eu assenti. –Desde o dia que você e o meu filho começaram a namorar, automaticamente cê se tornou da família. Foi incrível como absolutamente todos te aceitaram na primeira vez que te vimos. Quando cêis dois terminaram aquelas duas vezes, foi uma tristeza muito grande não só pro Luan, como pra gente também, e quando voltaram, foi como se a alegria tivesse retornado pra aquela casa. Eu sei que você e o meu filho já passaram por poucas e boas juntos, são anos de namoro sério, você deu um jeito nele que me impressionou por demais! –Rimos. Eu estava quase chorando. –E Clara, não que você tivesse que provar algo, mais o que cê fez salvando a vida do meu filho, foi a maior prova de amor que alguém poderia receber. Eu e o Amarildo temos que agradecer muito pelo o que fez, fico até sem palavras.
-Magina Mari, eu faria de novo se fosse preciso.
-Eu sei minha filha, mais agora cê vai ter que se aquietar, porque tem alguém crescendo dentro de você. –Eu a olhei e então desabei. –Cê ta assustada, não ta?
-Muito ;’(
-Agora imagine como Luan ta.
-Eu juro que se eu pudesse escolher, isso não teria acontecido, pelo menos não agora.

Nenhum comentário:

Postar um comentário