Capítulo - 174

Descemos da ambulância na ala de “emergências”. Era terrivelmente assustador vivenciar tudo aquilo, eu juro pra vocês. No momento que chegamos, as portas da ambulância se abriram, já veio 3 enfermeiros as pressas, puxando a maca da Clara pra fora e a levaram correndo emergência a dentro, não deu nem tempo de eu conseguir acompanhar tudo aquilo, porque foi rápido demais.
-Pra onde levaram minha muié?!
-Ela foi levada pro centro cirúrgico onde vai ser rapidamente examinada e tudo o que tiver que ser feito, irão fazer. O senhor tem de ficar na sala de espera. –Um enfermeiro disse.
-Quanto tempo vai demorar?
-Não sabemos, senhor. Peço que aguarde. –Ele disse e saiu. Olhei pro Rober e ele estava com a mesma expressão que eu, de apavorado.
-Vem cara, vamo ter que esperar. –Ele conseguiu dizer, colocando a mão em minhas costas, me levando até a tal sala de espera. Sentei lá e apoiei o rosto nas mãos, tentando associar tudo o que tinha acontecido. Era coisa demais, era inacreditável demais. A 1 hora atrás, eu tava abraçado nela curtindo nossas musicas preferidas, a beijando, a enchendo de carinho... E agora, eu tava numa sala de espera da emergência, desesperado, esperando pra saber se ela vai viver ou não. Porque? PORQUE?
-Eu não sei o que fiz de tão mal pra merece isso, não sei!
-Luan, cê precisa se acalma! Não pensa no pior cara! Ela ta lá dentro, tudo vai ficar bem, não desespera. –Rober tentava me acalmar, mais não adiantava, eu podia sentir nas palavras dele que sentia o mesmo, que também tava preocupado com ela, que também pensava no que podia acontecer.
-E se... E se ela... –Falei, olhando pra ele.
-Isso não vai acontecer, entendeu? NÃO VAI!
-Eu não posso acredita que isso ta acontecendo... Não, a minha Clara, ela não pode me deixar assim... Não pode... –Afundei meu rosto em minhas mãos de novo, eu tremia, chorava feito criança, até que alguém se ajoelhou em minha frente e me abraçou. Tirei as mãos do rosto e vi que era a Bruna.
-Cadê a Clara, Luan? Cadê?! –Ela dizia enquanto chorava. Eu a abracei forte, era tudo o que eu precisava. Dagmar e Anderson estavam em pé, esperando eu responder.
-Ela ta lá dentro Bruna, eu não sei o que aconteceu, eu só vi ela no chão...
-Eu falei pra ela não sair daquele camarim, eu falei! Ela foi te salvar Luan. –Bruna me olhou.
-Cê sabe o que aconteceu?!
-A gente foi pegar meu celular e então quando estávamos lá dentro, ouvimos um cara falando alto, algo como “eu falei pra ela não vir aqui”, logo ele abriu a porta, viu nós duas lá dentro, Clara mentiu dizendo que eramos da produção, ele disse “vocês não perdem por esperar” e vimos uma arma. EU PEDI PRA CLARA NÃO IR LUAN, EU JURO QUE PEDI, EU JURO! MAIS ELA NÃO ME ESCUTOU! –Bruna chorava tão desesperadamente que não conseguiu terminar de falar. Eu a tomei em meus braços de novo.
-NÃO FOI CULPA SUA, NÃO FOI!
-SE EU TIVESSE CONSEGUIDO IMPEDIR ELA DE IR ATRÁS DO CARA, TALVEZ A GENTE NÃO ESTARIA AQUI!
-NÃO FALA ASSIM BRUNA! CÊ NÃO TEVE CULPA! A CLARA É CABEÇA DURA, ELA IA IR DE QUALQUER FORMA!
-Porque ela tem que ser assim?! ;’(
-Eu não sei Bruna, juro que não sei. –Chorávamos mais ainda. Ela ficou ali comigo, tentando lembrar de mais alguma coisa. Depois de um certo tempo, consegui me acalmar, o foco era saber do estado dela, e nada de desespero, tinha conseguido colocar isso na cabeça.
-Seus pais tão vindo pra cá. –Dagmar chegou com o telefone na mão, dando a entender que havia ligado pra eles. Eu só assenti, com as mãos cruzadas, rezando, pedindo proteção pra Clara.
Demorou um tempo ainda cara, não aguentava mais. Minha vontade era de passar por aquelas portas e achar ela, ver com meus próprios olhos o estado da minha amora.
-Familiares de... Clara Moraes? –Um médico do nada apareceu, segurando algumas folhas nas mãos, passando os olhos por cada um naquela sala, esperando uma resposta.
-NÓIS! –Levantei num pulo só, assim como todos também. –Ela ta bem? Diz que sim, pelo amor de Deus!
-Sim, está. –Um sorriso quis aparecer em meu rosto, mais ele continuou. –Fizemos uma bateria de exames, uma micro-cirurgia pois, a bala pegou de raspão, não foi nada muito grave. Porém, o susto que a moça tomou, foi extremamente grande, essa foi a causa do desmaio logo após o atingimento do projétil. Ela ainda permanece desacordada, precisamos que ela fique assim até chegar numa altura estável, onde o ferimento comece a reagir ao medicamento e se alto cicatrize.
-Resumindo, ela ta bem, não ta?
-Sim, mais há um pequeno problema...
-Qual doutor?! –Meu coração acelerou.
-Com todo esse susto, estamos com medo que possa de alguma forma, prejudicar o feto.
-Feto??? –Todos falaram junto.
-Sim, ela está grávida!

Vou chorar, me desculpa mais eu vou chorar... (8' hahaha

Não vou falar nada, quero que VOCÊS me digam o que acharam, ok?

Só digo uma coisa: Chorei escrevendo, confesso ;'(

Enfim! Me contem amors, quero saber o que tão achando dessa reta final!

Beijossssssss, até amanhã! =*