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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Capítulo - 123

Nossa cara, parecia que fazia mais de anos que eu não fazia aquele caminho até o apartamento dela, me senti estranho e comecei a me abalar de novo. Que droga.
Cheguei no prédio, estacionei o carro e fiquei dentro por alguns minutos ainda, olhando pro volante e pensando se realmente conseguiria subir lá e vê-la de novo.
-Que isso Luan, você é um homem, não um rato! –Respirei fundo e saí do carro, peguei a caixa com as coisas dela e então subi. A cada passo, meu coração foi ficando feliz, mais eu resisti e mandei ele se aquetar.
Cheguei na porta e então apertei a campainha, mais não foi a Clara quem abriu.
-Luan?
-Oi Valéria... A Clara ta?
-Não, ela ta na casa dos nossos pais...
-Ah... Dos pais... Sei.
-Olha aqui Luan, se tu veio pra encher o saco com essa tua palhaça de que a Clara ficou ou ta ficando com o Cristiano, pode dar meia volta, ta legal? Não seja cara de pau duas vezes.
-Eu só vim pegar minhas coisas e entregar as dela Valéria, não vim encher ninguém não.
-Ok, entra, pega e sai.
-Beleza.
Ela me olhava com um ar de furiosa, mais eu nem liguei e então entrei, larguei a caixa em cima da copa, fui até o quarto da Clara. Entrar lá me dava arrepios, que droga! :@
Estava tudo arrumado, mais sempre com o jeitinho dela. Só que... Só um travesseiro na cama, nenhuma foto nos porta-retratos e em cima do criado-mudo, a caixinha da aliança. Fui até ela e estava vazia, entranhei. Olhei pro lado e vi uma caixa, a abri e vi tudo o que era meu lá. É, ela já havia arrumado tudo... A peguei e fui saindo, cheguei na cozinha e a Valéria estava me esperando.
-Escuta, não sabe onde ta a aliança que eu dei pra ela não?
-Não.
-Pode ligar pra, por favor? ¬¬
-Se faz tanta questão. –Ela pegou o telefone e discou os números que eu conhecia muito bem.
*Ligação*
-Clara?
-Oi Val, tudo bem?
-Tudo. Por acaso você ta com a aliança que o Luan te deu?
-Não, porque?
-É que... Ele ta aqui e...
-Ah, tendi. Abre aquela caixinha de joias que tem no meu quarto. Eu esqueci de botar junto com as coisas dele.
-Ok.
-Ahhh tem alguns livros dele na segunda gaveta da estante da sala, esqueci de pegar também. –Ela riu.
-Ta, só isso?
-Acho que é. Se eu achar mais alguma coisa, avisa que eu mando entregar. Beijo mana.
-Beijo.
–Elas desligaram.
Obvio que eu ouvi a ligação, estava bem ao lado da Valéria.
-Ela ta bem? –Perguntei.
-Porque quer saber? Quer ir lá pra deixar ela mal de novo?
-êlamordeDeus! Só perguntei!
-Sim Luan, depois de muito custo, ela ta bem. Ta com meus pais, tirando um tempo pra cabeça, porque não foi fácil pra ela.
-Eu sei, não foi muito fácil pra mim também...
-O coitadinho da história não é você, então não adianta que eu não vou ter pena nenhuma de ti, ok? Vou la pegar essa maldita aliança que você resolveu dar pra ela naquele maldito dia que tu pediu pra voltar. –Ela saiu e eu fiquei quieto. Que mulher, pelamor. Logo voltou e me deu a aliança, junto com 3 livros meus. –Tchau e por favor... Não apareça mais, pro bem da minha irmã.
-Podexa. –Saí na porta e fui pra casa.

Clara
Corri pra debaixo da saia da minha mãe, precisava dela mais do que nunca. Fiquei na casa de meus pais por 1 mês, e foi onde me recuperei e consegui ficar forte. Sumi das redes sociais, só entrava de vez em quando, pra ver como tudo estava, mais logo saía... O assunto sempre era o mesmo “Porque você e o Luan terminaram?”. Era difícil pra responder, difícil mesmo! Até que consegui me acostumar e então respondia normalmente.
-Nossa mãe, amanhã faz 1 mês que eu to aqui.
-Ué, fica mais 1 então. –Ela sorriu, passando a mão em meus cabelos.
-Não da pra ficar me escondendo do mundo aqui pra sempre né...
-Vai voltar pra Londrina filha?
-Tenho que voltar, a vida segue...
-Isso mesmo, assim que se fala! –Eu apenas sorri e deitei no colo dela. –Sabe o que eu tava pensando?
-No que mãe?
-Que a sua tia mora em NY... Quem sabe você não vai pra lá ficar uns tempos? Sei lá, acho que vai te fazer muito bem! Conhecer coisas novas, viver coisas novas, ver gente nova também... Até porque você já foi pra lá e sabe mais ou menos como é...
-Será? –Fiquei pensando.
-Acho que deveria ir sim... É sua tia preferida, se dão super bem, não tem nada que te prenda aqui. Depois que tu voltar, você pensa no que fazer.
-É mãe, acho que seria uma boa mesmo. –Sorri. –Já te falei que é sempre você que me salva de tudo? E que eu te amo demais demais? –A abracei.
-Sou sua mãe, esse é o meu papel, minha pequena Clara.

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