-VOLTA
AQUI CLARA!
-ME SOLTA OTÁVIO!
-Se resolve comigo primeiro!
-O que você espera hein? Que eu te diga sim? Depois de tudo o que você me fez?
-Tudo o que eu fiz foi por amor!
-Você chama essa sua obsessão de amor? De onde eu venho não é assim não.
-Clara, por favor, me da outra chance, esquece esse Luan, volta pra mim!
-Eu vou te falar uma única vez Otávio, e quero que fique BEM claro, ok? EU NÃO
VOU voltar pra você, porque eu não sinto mais NADA por ti, eu AMO o LUAN, ele é
TUDO pra mim, eu não imagino a minha vida sem ele.
-Mais Clara...
-Sem mais Otávio, quando eu tava com você, tu não soube dar valor algum. Teve
que perder pra perceber isso, né? Agora é problema teu. E outra coisa: Mesmo
que se eu não tivesse com o Luan hoje em dia, eu não voltaria de jeito nenhum
pra você, porque eu sofri demais contigo e agora consigo entender isso
perfeitamente. Você faz o que quiser, pode ir lá cancelar esse casamento ou
continuar com essa farsa toda e fazer da vida daquela moça um inferno, porque
disso você entende, não é? Agora vou voltar pro meu namorado, porque não quero
ficar mais nenhum segundo longe dele, longe da pessoa que mais amo nesse mundo.
Faça quantos pedidos de casamento você quiser, porque a minha resposta sempre
vai ser a mesma: NÃO.
-Luan é um cara de sorte por ter você.
-Se você acha Otávio... Obrigada pela parte que me toca. Com licença. –Virei as
costas e então voltei pro altar. Para minha surpresa, Luan estava lá, parado no
mesmo lugar de antes. Eu estava com medo de chegar até ele, porque não sabia
qual seria sua reação, afinal, ele viu o cara que mais odeia na vida pedindo
sua namorada em casamento. Aquela cena devia estar passando a todo tempo em sua
cabeça, e isso me matava por dentro.
No momento que saí da sacristia, a Dona Maria entrou lá, pra chamar o Otávio,
afinal, Carla já havia chegado. Caminhei normalmente, até que cheguei na frente
do Luan. Ele continuou olhando pra longe, com cara de pensativo. Por mais que
tenha percebido minha presença, sua reação não mudou.
-Vamos embora daqui, por favor... –Falei, dando um passo pro lado.
-Não, agora que eu quero ver esse casamento ser consumado. –Luan segurou
levemente meu braço, sem me olhar. Me colocou em sua frente e eu fiquei sem entender. Minha vontade era
de chorar desesperadamente, mais se eu saísse dali aquela hora, todos iriam
perceber que havia acontecido alguma coisa.
Em alguns segundos, Otávio voltou e ficou em seu lugar, para a minha GRANDE sorte,
em nosso lado. Quando me viu ali, parada com o Luan, não acreditou, talvez
tenha pensado que eu iria embora. Se fosse, por minha vontade, teria ido mesmo,
mas...
-Achei que iria embora Clara. –Ele falou baixinho.
-Não fala com ela. –Luan disse, em tom firme. Apenas desviei o olhar, que foi
direto pra porta da igreja que se abriu, fazendo tocar a marcha nupcial e então
a noiva apareceu, graças a Deus. Ela estava linda, entrou lentamente, com seu
pai ao lado e uma menininha na frente, jogando pétalas de rosas no chão. Todos
levantaram para ver a noiva entrar. Então quando chegaram no altar, o pai
entregou a filha pro Otávio. Ouvi ele dizer “Cuida bem dela”. Meu Deus, que
vontade de dizer que ele não seria capaz de fazer isso, que vontade de dizer
que sua filha não iria ser feliz com aquele imbecil, socorro! Apenas fiquei na
minha, olhando tudo o que acontecia. Eu queria olhar pra trás e ver a reação do
Luan, mais fui covarde demais pra isso.
A cerimônia levou mais ou menos 1 hora, eu queria sair correndo dali.
-Otávio Albuquerque, aceita Carla Munhoz como sua legitima esposa, para amá-la
e respeita-la na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, até que a morte
os separe?
-Eu... –Otávio paralisou. Meu Deeeeeus! O.o Luan que estava com as mãos em
minha cintura, levemente me apertou, quase não senti. Ele estava apreensivo
também. Carla olhou pro Otávio, não entendendo e tentando faze-lo prosseguir.
Todos na igreja se olhavam. –Eu... Eu aceito. –UFAAAA, respirei fundo. Percebi
que o Luan também.
Então foi a vez da Carla, ela aceitou, eles trocaram as alianças e finalmente,
com a graça de Deus, aquele casamento acabou. Todos aplaudiram, então os noivos
saíram na frente e logo de atrás, os padrinhos. Eu e o Luan caminhamos
normalmente, do mesmo jeito que entramos.
No momento que saímos da igreja, ele pegou minha mão e fomos até o cara que
tinha estacionado o jabuticaba, então entramos no carro e sem pensar duas
vezes, fomos embora. Nem pra festa ficamos, obvio. Nenhum de nós dois falou
algo, eu não sabia como começar e talvez ele nem quisesse escutar. Pensei que
me levaria pra casa, mais passou reto pela entrada da rua. É, iriamos pra casa
dele.
Chegando lá, ele estacionou o carro na garagem, descemos e não olhou mais pra
mim. Entrou e foi direto na cozinha, afrouxando a gravata, pegou uma cerveja e
foi pra rua, sentar perto da piscina. Eu não sabia o que fazer, até que a Bruna
apareceu.
-Ué ‘-‘ O que tão fazendo em casa tão cedo? Nem eu saí ainda ‘-‘
-Ai Bru. –Sentei no sofá, segurando pra não chorar. –Aconteceu umas coisa lá no
casamento, preciso conversar com o teu irmão, mais tenho medo de ele não querer
me escutar!
-Calma cunha, onde ele ta?
-Lá na piscina.
-Vai lá e tenta, se ele não quiser, volta aqui pra conversar comigo.
-Ta... –Levantei. Respirei fundo e fui até a porta de vidro que dava para parte
de trás da casa, onde ficava a piscina.
Que barra em?Psé, mais isso só vai fortalecer esse amor lindo desses dois, com certeza, é só algumas provas pra eles verem que um amor verdadeiro NINGUÉM nem o tempo, problemas ou pessoa pode acabar, pq um amor lindo assim é protegido por deus e eles vão estar pra sempre um com o outro coladinho ...sem maissssss
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