Capítulo - 77

-Ai meu Deus. –Falei baixinho. –Não surta, ok?
-Oi Dona Ângela, como a senhora sabe, eu sou o Luan e... Namorado da sua filha. –Ele sorriu, indo cumprimenta-la.
-Namorado?!? –Ela olhou pra mim com os olhos regalados.
-Não dava pra esperar? ¬¬
-Ela vai sabe de qualquer jeito uai ‘-‘
- ¬¬ Vamo entra? Já explico melhor. –Fiz sinal com as mãos e então entramos. Meu pai quase teve um treco quando viu ele também. Nós sentamos no sofá e os dois sentaram em nossa frente, nos olhando curiosos.
-Ta, então é o seguinte... –Comecei, queria acabar com aquele clima chato logo. –Como vocês já sabem, eu e o Luan sempre fomos muito amigos, desde que fui morar em Londrina, aí então, ultimamente a gente começou a se aproximar mais e aconteceu. Tamo junto. Pronto (: -Os 3 ficaram me olhando. –Que foi gente?
-Mor... Dexa que eu falo, ta? –Luan pegou minha mão. –Bom, eu aqui com a Clara, porque eu queria pedir á cêis dois, Dona Ângela e Seu Marrrcos, pra mim poder namorar com a filha de vocês... Eu amo muito ela e...
-Guri, quais são as tuas intenções com a minha filha? –Meu pai falou, com cara de bravo.
-Paiê, menos...
-As melhores possíveis, Seu Marrcos. –Luan tava nervoso kkkkk
-Tu sabe que eu já ouvi muita coisa a teu respeito, né?
-PORÉM nem tudo é verdade...
-Óia, eu vou ser bem sincero com o senhor... Eu me apaixonei de verdade pela Clara, e entendo o teu pé atrás comigo por certas coisas que tenha ouvido de mim... Só que... Com certeza, ela não é “só mais uma”, sua filha é única e se depender de mim, só vai deixar de ser minha namorada quando passar pra ser minha noiva e minha esposa. –Eu olhei pra ele. Meu Deus, que lindo. Vou morrer.
-Tu acha que é capaz de fazer minha filha feliz?
-Eu tenho certeza. –Luan respondeu firme.
Meu pai levantou. Que medo.
-Ama ele, filha?
-Demais. –Sorri
-Então... Tudo bem, acredito nas tuas palavras, hein? Gostei da tua iniciativa rapaz, quero que tu faça minha filha feliz. –Luan se levantou e os dois se abraçaram, um batendo nas costas dos outros. Coisa de homem.
-Bem vindo a  família. –Minha mãe sorriu e ele a abraçou também, agradecendo.
Foi a coisa mais estranha da minha vida, nem o Otávio tinha feito isso. Meus pais ficaram impressionados e um tanto desconfiados no começo. Mais o Luan era de família, queria as coisas certas, do modo antigo. Achei lindo, me senti com 15 anos de idade kkkk
De certa forma, fez com que meu pai confiasse mais nele, não é? Lindos.
Logo Luan e o Seu Marcos se acertaram, começaram a falar de pescaria e então fechou tudo. Minha mãe nos obrigou a ficar pra almoçar, mas a tarde voltamos pra minha casa.

-Pronto, uma coisa já foi. –Luan disse. Ele estava sentado no sofá, com as pernas pra cima e eu em seu colo.
-Qual é o próximo passo?
-A minha família, -Ele sorriu.
-Ok... Quando?
-Amanhã?
-Você tem show.
-Segunda?
-Certo. –Fiquei olhando pro nada, com o olhar vago.
-Que foi mô?
-Não sei, to pensando... Quando você assumir publicamente, eu vou ter que sair da Central? –Franzi a testa.