Capítulo - 29

Ahh aquele lábios... Aquele beijo... Aquele doce beijo... Aqueles doces lábios... Dessa vez eu não consegui me afastar dele... Eu correspondi á aquele beijo. Quando Luan percebeu isso, me apertou mais ainda em seus braços. O povo descendo as escadas, olharam pra cima e viram essa cena, pois o chão era como uma grade, dava pra ver tudo, mais eles não disseram nada, apenas sorriram e comentaram entre si.
O beijo perfeito terminou com vários celinhos...  Nossas testas se encostaram, ficamos de olhos fechados. O céu estava alaranjado, lindo.

-Isso não é o certo... –Falei.
-Então eu prefiro o errado...
-É sério Luan. –Saí dele. –Não devia ter chegado á esse ponto. –Falei, indo pras escadas.
-Clara, espera! –Ele veio de atrás. –Você quis esse beijo, assim como eu, então é errado... –Continuei descendo. –CLARA! –Ele me segurou pelo braço, parei. –Errado é querer fazer ao contrário do que o coração manda.
-E o que o teu coração manda?
-Que eu faça isso a todo instante. –Ele me beijou novamente.
-Para Luan! –Me afastei  dele, quase caí na escada ¬¬ -Muitas vezes o coração só engana a gente.
-Cê fala isso por causa do Otávio, mais eu não sou como ele, to bem longe disso!
-Eu sei que não, e por isso tenho medo de me apaixonar por você. –Aquilo saiu de mim do nada, coloquei as mãos na boca, então voltei a descer as escadas infinitas.
-Não iria se arrepender se você se apaixonasse por mim.
-Porque? –Me virei.
-Porque eu te amo de verdade, Clara.

:O Aquelas palavras vindo dele fizeram o meu mundo inteiro parar. Fiquei surpreendida, parecia que tudo a minha volta tinha parado ou sumido, só o que eu via era os seus olhos, em um segundo meus  lábios estavam nos dele. Eu queria o Luan pra mim, vocês não tem noção do quanto eu queria, mais algo me machucava lá dentro do peito, e foi o que me fez parar de beija-lo e sem dizer nenhuma palavra, voltar a descer as escadas.
Cheguei lá embaixo precisando de um balão de oxigênio. Só faltava nós dois pra seguirmos pro hotel. Fui indo em direção a Marla e a Day, tentando me recompor.
-Clara, espera! –Luan puxou meu braço. (acho que até o final da história, to sem braço, pelamor)
-Espero nada! –Me soltei dele, voltando a caminhar.
-Me escuta Clara, por favor!
-Eu não quero escutar você, eu não quero perder a nossa amizade, não quero!
-E não vai perder, mais cê precisa me escuta! –Nessa hora a equipe toda estava olhando a gente. Me virei pra ele.
-Você não podia ter me beijado, não podia ter dito aquelas coisas pra mim! Eu nem devia ter vindo pra começar essa porcaria toda! –Coloquei as mãos no rosto.
-Desculpa Clarinha, eu não vo faze mais nada... E devia ter vindo sim moça. –Ele me abraçou.
-A nossa amizade é muito importante pra mim Luan...
-Assim como pra mim também...
Quando nos viramos, a equipe fingiu que não estava olhando pra gente ¬¬ Seguimos em direção á eles, depois partimos pro hotel. Fiquei pensativa o caminho inteiro, e ele percebeu isso. Acho que o Luan começou a se sentir culpado por ter me beijado e ter dito que... me... ama. Ele começou a tentar puxar assunto de várias coisas comigo, pra amenizar o que fez.. Mais eu mal conseguia o responder. Precisava ligar pra Rafa, meu coração tinha que desabafar. Até que um silencio absoluto dominou o taxi. Marla e Day se olharam, tentando entender.
-Gente, o que aconteceu pra cêis dois estarem assim? –Marla perguntou e cutucou a Day.
-Nada. –Eu e o Luan falamos ao mesmo tempo, nossos olhos se encontraram e rapidamente se desviaram.
Demorou um pouco até que chegamos ao hotel. Subi sem falar com ninguém, apenas passei na recepção e finalmente peguei a chave do MEU quarto. O povo todo foi pro restaurante comer, e eu, buscar minhas malas no quarto do Luan.